A Toyota faz uma aposta ambiciosa no hidrogénio como combustível do futuro, acreditando que, a médio prazo, poderá superar o diesel. Sean Hanley, vice-presidente da Toyota Austrália, admite que o diesel não desaparecerá de um dia para o outro, mas prevê que a partir da década de 2030, especialmente por volta de 2035, o hidrogénio assumirá um papel dominante.
A empresa já investe há décadas em veículos com célula de combustível (FCEV), destacando o modelo Mirai, com autonomia de cerca de 650 km e preço inicial em Portugal de 74 800 €. O hidrogénio gera eletricidade pela reação entre hidrogénio e oxigénio, sem emissões poluentes e com necessidade de baterias menos volumosas que nos elétricos.
Apesar do potencial, a tecnologia enfrenta desafios: infraestruturas escassas, custos elevados de produção e armazenamento e ineficiências energéticas. Em Portugal, existem apenas dois postos de abastecimento (Cascais e Vila Nova de Gaia). A Toyota considera que os FCEV são cruciais para a descarbonização dos transportes e que o hidrogénio poderá vir a assumir posição central neste processo.
Fonte: Notícias ao Minuto, 19 de setembro de 2025
